O Brasil é um país com uma temperatura média anual de 24,92ºC, conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Esse valor está muito próximo dos 25ºC, temperatura usual na qual os limites da ACGIH são estabelecidos. No entanto, durante o verão, algumas cidades brasileiras registram temperaturas que chegam a 40ºC ou até mais, o que pode resultar em condições ainda mais extremas em galpões e outros ambientes de trabalho. Este artigo irá explorar diversos aspectos relacionados ao aumento dos riscos ocupacionais durante o verão, com o objetivo de aumentar a conscientização e garantir que seus trabalhadores estejam tão seguros nos meses de calor intenso quanto em qualquer outra época do ano.
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O Impacto das Altas Temperaturas aos Agentes Químicos
Os agentes químicos possuem diferentes valores de volatilidade e ponto de ebulição, e quanto mais altos forem esses valores, mais difícil é a transformação desses agentes em gases e vapores. No entanto, com o aumento da temperatura, cresce a probabilidade desses efeitos acontecerem, elevando a exposição dos trabalhadores a esses agentes. Além de estarem mais suscetíveis a acidentes como intoxicação, asfixia ou queimaduras, os efeitos da inalação de agentes químicos também podem ser potencializados. A ACGIH considera a aplicação de correção dos TLVs em condições ambientais não usuais, mas isso se aplica apenas a gases e vapores. Para poeiras, partículas e aerossóis, esses efeitos não são esperados, e a aplicação desses limites não é indicada. No entanto, em ambientes com altas temperaturas e baixa umidade, pode ter uma maior dispersão de partículas, resultando em uma exposição aumentada a particulados nessas condições.
Riscos devido à exposição ao calor
Embora possa parecer uma obviedade, é crucial reforçar que, com o aumento da temperatura, os trabalhadores são mais afetados pelo estresse térmico, tornando-se suscetíveis a efeitos como desidratação, tonturas, fadiga, náuseas, desmaios e até mesmo insolação. É fundamental redobrar a atenção em situações de calor extremo e implementar medidas de controle para proteger os trabalhadores. Além desses efeitos diretos, as altas temperaturas também podem causar acidentes devido à desatenção dos trabalhadores. O aumento da transpiração é praticamente inevitável ao utilizar um arnês corporal no calor do verão. Muitos empregadores fornecem arneses com acolchoamento macio e grosso para acrescentar conforto e melhorar a ergonomia durante o trabalho em altura. No entanto, essas almofadas grossas podem intensificar a transpiração e causar desconforto em climas mais quentes. Quando os trabalhadores se sentem desconfortáveis com seus arneses, a probabilidade de afrouxá-los ou removê-los aumenta, expondo-os a riscos de queda desnecessários.
Manutenção de equipamentos de segurança durante o verão
A manutenção adequada dos equipamentos de segurança, como os dispositivos de proteção contra quedas, é essencial em qualquer época do ano, mas o clima mais quente pode aumentar a necessidade de proteção contra danos causados pelos raios ultravioleta (UV). A exposição prolongada aos raios UV pode danificar gravemente as correias dos cintos de segurança. É importante que, quando o arnês corporal não estiver em uso, ele seja armazenado longe da luz solar direta, de preferência em um ambiente fresco e seco. A superexposição aos raios UV pode fazer com que as correias do arnês se tornem quebradiças e percam elasticidade. Durante as inspeções pré-uso, os trabalhadores devem reservar um tempo para sentir a cinta do arnês com as mãos, verificando se ela ainda mantém uma sensação suave e resistente. Correias descoloridas, desbotadas ou com textura áspera podem ser sinais de danos causados pelos raios UV e devem ser substituídas imediatamente.
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