Avaliar agentes químicos pode ser uma atividade de alto custo, tornando essencial buscar formas de economizar, especialmente evitando avaliações desnecessárias. Uma abordagem eficaz para isso é a realização de avaliações preliminares de riscos, que ajudam a identificar precisamente quais agentes realmente precisam ser avaliados. Essa prática pode reduzir significativamente o número de avaliações necessárias e até mesmo eliminar a necessidade de algumas delas. No entanto, em situações em que ainda restam dúvidas, é imprescindível proceder com as avaliações. Para os casos específicos de avaliação de metais, existe um método amplamente utilizado nos Estados Unidos, mas que ainda é pouco explorado aqui no Brasil. Esse método, se realizado com cuidado e atenção, pode reduzir significativamente os custos das avaliações e até mesmo agilizar a obtenção de resultados. Acompanhe este artigo para saber mais sobre essa abordagem.  

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O Limite Ocupacional dos Metais 

Nem todos os metais ou compostos metálicos possuem limites de exposição definidos, especialmente quando se trata de insalubridade e aposentadoria especial. No contexto de insalubridade, apenas os metais e seus compostos listados nos Anexos 11 ou 12 da NR 15 exigem avaliação específica. Já para a aposentadoria especial, a lista é ainda mais restrita, limitando-se aos metais presentes no Anexo IV do Decreto 3048, e destes, apenas aqueles que também estão incluídos nos Anexos 11 ou 12 da NR 15. No entanto, quando se trata de um Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), a lista de metais a ser considerada se expande, pois aqui são utilizados os limites de exposição estabelecidos pela ACGIH (American Conference of Governmental Industrial Hygienists). 

A Avaliação de Metais

De forma geral, a avaliação de metais é realizada de maneira relativamente simples: as amostras são coletadas utilizando um cassete de filtro de MCE (éster de celulose) e posteriormente analisadas por um equipamento conhecido como ICP (Plasma Indutivamente Acoplado). Embora essa técnica seja altamente eficaz e confiável, é importante destacar que os custos tendem a aumentar proporcionalmente o número de metais que se deseja avaliar. Além disso, é fundamental lembrar que a coleta deve ser adequada à fração específica para a qual o metal possui um limite de exposição. Se o limite é estabelecido para a fração respirável, deve-se usar um ciclone durante a coleta, já para limites na fração inalável, um amostrador IOM (Inhalable Dust Sampler) é o equipamento adequado.

Como Economizar?

Nos Estados Unidos, os higienistas ocupacionais, frequentemente, optam por utilizar filtros pré-pesados em vez de cassetes comuns com filtro de MCE. Com essa abordagem, ao invés de realizar diretamente a análise dos metais, é feita inicialmente uma avaliação gravimétrica do filtro, que é uma análise significativamente mais barata. Com o resultado gravimétrico em mãos, é possível determinar se há necessidade de prosseguir com a avaliação específica dos metais. Se o resultado gravimétrico indicar um valor abaixo do limite de exposição ou do nível de ação do agente, pode-se concluir que não há exposição significativa ao agente em questão. 

É importante, no entanto, aplicar esse método com cautela, pois em ambientes com alta concentração de particulado, o resultado gravimétrico pode ser comprometido, levando a uma interpretação inadequada dos riscos. 

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