Uma das reclamações mais comuns das empresas ao solicitar um laudo de insalubridade por agentes químicos é o alto custo das avaliações. E, na maioria das vezes, elas até têm razão — mas pelos motivos errados.
O problema não está simplesmente no valor investido, mas no fato de que muitas dessas avaliações são feitas de forma equivocada ou até mesmo desnecessária. Ou seja: dinheiro literalmente jogado fora.
Se você quer entender como fazer uma avaliação mais estratégica, precisa acompanhar este artigo até o fim. Vou te mostrar como tornar suas análises mais assertivas, técnicas e, acima de tudo, relevantes para o enquadramento correto da insalubridade.
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Nem todo agente químico tem previsão para insalubridade
Para que um agente químico possa gerar enquadramento para insalubridade, é necessário que ele esteja citado nos limites estabelecidos no Anexo 11 ou 12 da NR 15, ou que se enquadre em alguma das situações previstas no Anexo 13.
Essa informação, por si só, já permite restringir bastante a lista de agentes que precisam ser avaliados, o que ajuda a reduzir significativamente os custos.
Mas é possível economizar ainda mais quando se compreende um ponto-chave: apenas os agentes citados nos Anexos 11 e 12 que possuem limite de exposição podem demandar medições quantitativas. Ou seja, não é qualquer agente citado nesses anexos que exige avaliação — apenas aqueles com limite estabelecido.
Exposições de Curta Duração e a Insalubridade
Para avaliar corretamente a insalubridade, é fundamental entender como funcionam os limites de exposição ocupacional . Na NR 15, existem basicamente dois tipos:
- Limites do tipo média ponderada no tempo (TWA) – aplicáveis à jornada de trabalho;
- Limites do tipo teto (Ceiling) – que não podem ser ultrapassados em nenhum momento da exposição.
Quando um agente químico possui apenas o limite do tipo TWA, exposições curtas e pontuais dificilmente ultrapassarão esse valor. Por exemplo, imagine um produto que contenha xileno em sua composição, mas seja utilizado em quantidade muito pequena — como 1 mL — e por apenas 5 minutos. Nesses casos, não se espera que a exposição do trabalhador ultrapasse o limite diário estabelecido para o xileno.
Já os agentes que possuem limite teto exigem mais atenção. Nesses casos, mesmo exposições breves podem representar risco significativo. Portanto, pode ser necessário realizar uma avaliação instantânea para verificar se esse limite está sendo excedido em qualquer momento da atividade.
Avaliar Agentes que Não Estão Presentes no Produto: Um Erro Grave
Um dos erros mais comuns — e custosos — na elaboração de laudos de insalubridade é a avaliação de agentes químicos que nem sequer estão presentes no ambiente de trabalho. Além de gerar gastos desnecessários, esse tipo de abordagem pode levar a conclusões equivocadas no laudo técnico.
Esse problema ocorre, com frequência, quando se utilizam varreduras químicas de forma indiscriminada. Embora essa técnica permita avaliar uma grande quantidade de agentes simultaneamente, muitas vezes ela é aplicada sem critério técnico, apenas por protocolo ou por falta de conhecimento sobre o processo analisado.
O resultado?
- Os agentes reais de risco podem não ser avaliados corretamente.
- Há uma falsa sensação de segurança por parte da empresa.
- O laudo perde força técnica e pode ser questionado judicialmente.
Uma varredura só é útil quando feita de forma estrategicamente direcionada, com base na composição dos produtos utilizados, nos processos realizados e nas características do ambiente.
Identificar corretamente os agentes químicos e seus enquadramentos legais nem sempre é simples. Nomes complexos, sinônimos variados e normas difíceis de interpretar tornam esse processo mais desafiador do que deveria ser.
Pensando nisso, foi criado o HO Fácil Web — uma plataforma desenvolvida para te auxiliar de forma ágil, prática e assertiva na análise dos agentes químicos.
Com ela, você descobre rapidamente:
- Se o agente está previsto nas normas;
- Se o enquadramento é quantitativo ou qualitativo;
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