Saiba como funciona a análise de sílica cristalina por difração de raios-X

A exposição de profissionais a agentes químicos é um tema que merece total atenção. Isso porque o contato com algumas substâncias, como sílica, agrotóxico, amianto, benzeno, chumbo e mercúrio pode causar graves danos à saúde humana.

A sílica, por exemplo, é um dos agentes químicos mais perigosos para a saúde do trabalhador, por ser uma substância carcinogênica. Além de causar o câncer de pulmão, pode também gerar a doença silicose, que é uma fibrose pulmonar, em que o pulmão fica tão fibroso que perde a elasticidade e assim o portador da doença não consegue respirar normalmente.

Outras doenças que também podem ser causadas pelo contato com sílica são tuberculose e diversas enfermidades auto-imunes. Para completar, o agravo dessas doenças também está diretamente relacionado à maior exposição à sílica. A ocorrência de silicose fora do ambiente ocupacional, por exemplo, é muito rara, sendo considerada no Brasil como “doença profissional” para fins previdenciários.

Para saber mais sobre o funcionamento da análise de sílica cristalina por difração de raios-X e entender a importância de realizá-la no ambiente de trabalho, acompanhe o nosso conteúdo!

O que é a análise de sílica cristalina e quais informações obtêm ao realizá-la?

A análise de sílica cristalina é uma análise química que deve ser feita para prevenção de doenças ocupacionais, como silicose e câncer de pulmão. Ela deve ser feita com o intuito de mensurar o quanto do agente químico está presente no ar e avaliar se o trabalhador está ou não exposto acimas dos limites de exposição ocupacionais, concentrações que acredita se  que a maioria dos trabalhadores possam estar expostos dia após dias de sua vida laboral.

Essa análise é feita por meio de uma amostra do ar, utilizando um cassete com filtro de PVC. Esse cassete, por sua vez, é conectado uma bomba de amostragem pessoal que puxa o ar. Desta forma, ocorre a filtragem do particulado, que fica retido ao filtro de PVC, o qual é enviado o laboratório que realizará as análises.

A análise de sílica cristalina pode ser feita de duas maneiras: difração de raio-s e espectroscopia infravermelho. Vamos explicar aqui as diferenças.

As doenças anteriormente citadas são causadas pela concentração da sílica cristalina no ar. A sílica cristalina pode ser encontrada em várias formas, entre elas: cristobalita, quartzo, tridimita e sílica amorfa. Apenas as três primeiras formas, podem causar as doenças mencionadas anteriormente — como o câncer de pulmão e a silicose, entretanto a tridimita é uma forma raramente encontrada. Já a sílica amorfa não oferece potenciais danos à saúde.

Assim, a análise por difração de raio-x é o único método que realmente diferencia as formas de sílica cristalina que trazem riscos à saúde. Isso porque a sílica amorfa não é contabilizada no resultado final, e isso faz da difração por raio-x uma técnica específica para identificação de quartzo, cristobalita e tridimita.

Já a análise por infravermelho não é seletiva, ou seja, independentemente da forma da sílica, se também houver a sílica amorfa no processo, ela de certo contabilizará no resultado. Com isso, conclui-se que a análise por difração de raio-x é o método mais indicado e específico para o controle analítico da sílica cristalina.

Onde a sílica cristalina está presente?

A sílica é uma substância muito abundante na crosta terrestre. O dióxido de silício é um composto binário natural formado pelos dois elementos químicos de forte presença na crosta: oxigênio e silício. Portanto, aproximadamente 60% da constituição do planeta é formado de sílica e seus compostos.

No Brasil, os ambientes que apresentam o maior risco de exposição à sílica são a indústria extrativa — mineração, atividades de extração e perfuração de rochas —, a construção civil, nas mais variadas etapas da obra, bem como na construção de túneis, barragens e estradas, e o jateamento de areia, umas das operações de maior risco para a silicose, que está proibida no país desde 2005.

Dentre outras atividades que apresentam maior contato com a sílica, estão:

  • a fundição de ferro, aço ou outros metais e onde se usam blocos de areia a altas temperaturas;
  • nas indústrias cerâmicas;
  • na fabricação de vidros;
  • na moagem de quartzo e pedras;
  • na construção de fornos refratários;
  • na execução de trabalhos artesanais e acabamento em mármore, ardósia, granito e outras pedras;
  • na fabricação de material abrasivo;
  • na escavação de poços.

Assim, todo profissional que trabalha em contato direto com o solo está passível de contato com a sílica.

Qual a importância e os benefícios de realizar essa análise e mantê-la atualizada?

O Brasil é um dos países que mais pagam indenização relacionada a danos à saúde devido a sílica. Por isso, é importante realizar essa análise e mantê-la em dia para evitar doenças ocupacionais.

Lembrando que as doenças causadas por esse mineral ocorrem de forma lenta, já que o período de latência é de no mínimo 10 anos para começar a se desenvolver. Essas doenças além de graves, são incuráveis.

As empresas que não realizam a análise de sílica cristalina para garantir a proteção devida dos funcionários estão sujeitas ao passivo trabalhista, além de multas severas. A análise de sílica cristalina é importante para oferecer um ambiente de trabalho adequado, seguro e protegido para os profissionais.

É indicado, portanto, que as empresas realizem a análise de sílica cristalina por difração de raios-x, pois só ela garante a presença da substância de maneira certeira, evitando assim que a organização gaste com um procedimento ineficiente e garante maior controle da saúde dos profissionais, bem como de possíveis indenizações trabalhistas que venham a surgir.

Qual o impacto financeiro dais as principais diferenças entre a análise por infravermelho e por difração de raios-x?

A principal diferença entre a análise por difração de raio-x e por infravermelho é que a primeira é seletiva e a segunda não. Vale destacar ainda que a por difração de raio-x é duas vezes mais cara que a por infravermelho, por usar equipamentos mais caros e principalmente o filtro de prata que tem um custo fixo por amostra, contudo ela é a mais certeira.

É importante ressaltar, também, que o filtro de prata serve como padrão de controle interno para a normalização de resultados, garantindo a diminuição da variabilidade, ou seja, garantindo um resultado exato. O uso do filtro de prata é obrigatório na análise de sílica cristalina por difração de raio-x.

A metodologia de análise de sílica cristalina está validada no método NIOSH 7500, que determina a exigência do filtro de prata e a configuração mínima dos equipamentos necessários.

Então, antes de escolher o laboratório para realizar a análise de sílica cristalina na sua empresa, é importante confirmar se o laboratório possui a acreditação AIHA, uma certificação da Associação Norte-Americana de Higiene Industrial que é um diferencial e atesta a comprovação da qualidade do método internacionalmente. A acreditação AIHA agrega mais valor a higiene ocupacional.

Chegamos ao fim deste conteúdo com uma pergunta: precisa realizar a análise de sílica cristalina por difração de raios-x e garantir a segurança e saúde dos seus trabalhadores? Então, entre em contato com a Analytics Brasil e tire suas dúvidas sobre esse procedimento!

Por: digitalpixel

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