Higiene Ocupacional em processos despadronizados
Muitos profissionais de segurança do trabalho ficam perdidos ao avaliar agentes químicos quando o processo de trabalho não é padronizado. Por isso, vou te mostrar como você pode aplicar a Higiene Ocupacional nestes casos.
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Processos despadronizados
Eventualmente, um higienista ocupacional pode se deparar com o desafio de avaliar riscos químicos em um ambiente de trabalho cujos processos estão despadronizados. Por exemplo, em locais onde não há uma divisão clara de setores, funções e atividades. Nestes casos, a visão que o profissional tem sobre os objetivos da aplicação da higiene ocupacional vai ditar os resultados que serão alcançados através do seu trabalho.
Existem dois tipos de visão sobre a higiene ocupacional: a visão do coletor de amostras e a visão do gestor de riscos.
O coletor de amostras
Nesta situação, o coletor de amostras se preocupará com quais agentes químicos coletar, como realizar as medições perante a falta de organização e em como fará para conseguir concluir sobre as exposições para um laudo de insalubridade ou LTCAT.
O gestor de riscos
Já o gestor de riscos não pensará em avaliar os agentes químicos neste primeiro momento. O foco dele será em como reorganizar minimamente os processos para que possa diminuir ou eliminar algumas exposições, reduzir a quantidade de grupos homogêneos de exposição, otimizar processos e reduzir custos. Somente após isso, ele irá avaliar a necessidade de medição dos agentes químicos presentes no ambiente.
Higiene Ocupacional
Acima de tudo, o profissional que deseja ser valorizado deve compreender que a Higiene Ocupacional não se resume a simples medição dos agentes de risco. Deve-se ter clareza dos conceitos e métodos que suportam essa ciência. A avaliação dos agentes precisa ser vista como um meio para o gerenciamento das exposições e nunca como o fim último. Não adianta começar os trabalhos pelas medições de agentes químicos, especialmente em processos despadronizados.
O reconhecimento de riscos é o primeiro passo do Higienista Ocupacional. A partir de uma análise qualitativa, já é possível identificar a intensidade das exposições. Os riscos que são desprezíveis, não precisam ser avaliados. Os riscos em que já se observa serem altos, devem ser controlados. E apenas aqueles riscos em que se há dúvida sobre a intensidade que devem ser avaliados.
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