Estratégia de Amostragem

A estratégia de amostragem faz parte do caminho para que você higienista ocupacional atinja os seus objetivos como profissional. Para uma boa avaliação, devemos passar pelo reconhecimento de riscos, determinação de GHE, matriz de riscos, e muito mais! Para uma análise correta e confiável, a amostragem dos agentes químicos deve ser fundamentada em técnicas seguras. A avaliação de riscos químicos permite identificar e quantificar as substâncias perigosas que estão presentes no ambiente de trabalho.

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O que é Estratégia de Amostragem?

Na Higiene Ocupacional se tem sempre um objetivo ao realizar uma campanha de medição ou o de reconhecimento de riscos, a estratégia de amostragem é o caminho que vai te levar a atingir esse objetivos. A primeira etapa inicia-se com o reconhecimentos de riscos, com toda caracterização básica do ambiente; logo em seguida partimos para a determinação do GHE, o reconhecimento dos produtos que estão ali presentes e a elaboração da matriz de risco (se os agentes são relevantes ou não no ambiente).

Com a elaboração das Estratégias de Amostragem é possível identificar quais os tipos de substâncias e produtos perigosos que estão presentes dentro do espaço utilizado pelos funcionários.

Quantas amostras devo fazer? 

Quem e quando devo amostrar? 

Por quanto tempo? 

Como devo interpretar os resultados?

Ao fazer a avaliação temos 3 objetivos principais: o reconhecimento daquelas exposições, monitoramento diagnóstico para saber onde está o problema e como resolver, cumprimento legal e o julgamento das exposições, através do tratamento estatístico dos dados.

O que é GHE (Grupo Homogêneo de Exposição)?

O Grupo Homogêneo de Exposição é um instrumento utilizado para facilitar o mapeamento dos riscos no ambiente de trabalho.  O GHE é usado para mapear os riscos dos ambientes físicos da empresa onde os trabalhadores exercem atividades semelhantes. Serve para mapear no mesmo ambiente, os funcionários que estão expostos aos mesmos agentes de riscos na mesma intensidade ou concentração. 

Nada mais é que um artifício que é feito para se poupar dinheiro. Se você tem uma população, um grupo de trabalhadores, provavelmente você não irá fazer amostragem de todos, até porque fica inviável. A partir de uma população, você consegue criar alguns grupos de amostragem e, a partir dessas amostras, é possível retirar informações conclusivas para todo o grupo.

No Grupo Homogêneo de Exposição tem-se um grupo de dados com comportamento estatístico similar, em que um grupo de trabalhadores experimentam uma exposição a um determinado agente que está dentro da mesma probabilidade estatística.

Se você está usando o GHE, mas não está aplicando estatística em nenhum momento, pode ter certeza que você está fazendo da forma errada. O grande problema da área é que há pouca formação em metrologia. E nós químicos, querendo ou não, vimos sofrendo isso desde a graduação. O procedimento de medição é mais fácil de compreender. Medir apenas uma vez não quer dizer que você tenha um bom resultado. 

Você precisa se perguntar:

Com essa uma amostra coletada, você tem alguma informação relevante da exposição desse trabalhador a longo prazo?

Quais são os parâmetros básicos para definir um grupo homogêneo?

A melhor forma de montar um grupo homogêneo é utilizar a abordagem de julgamento profissional, e a validação desse grupo estatisticamente. É preciso ir a campo e avaliar qual é o grupo de trabalhadores que executam as tarefas similares ou estão em um ambiente em que a probabilidade que ele esteja exposto a aquele agente é equivalente. 

O GHE é formado por trabalhadores que estão incluídos dentro de uma alta probabilidade de exposição similar. Você irá formá-los visualmente, e depois da coleta de amostras é preciso julgar se o  grupo é mesmo homogêneo estatisticamente. 

Se você não faz uma boa caracterização básica ou um bom acompanhamento das amostragens, você terá um dado alto. Se houver alguma contaminação ou algum dado específico não analisado você poderá concluir erroneamente. Cuidado com os dados, faça um bom julgamento para saber se esses dados são verdadeiros.

Colete essas amostras de forma aleatória, sorteie os dias e os trabalhadores, para que haja uma boa distribuição estatísticas dos dados e que permita a validação dos resultados. 

Quais as regras para a elaboração das Estratégias de Amostragem? 

Inicia-se com uma caracterização básica, em que é necessário estudar quais são os agentes presentes no ambiente, quais trabalhadores estão ali, quais são as tarefas que executam e como executam, como é a interação com essas tarefas… É conhecer basicamente o ambiente e o que está presente nele.

  • Entender os agentes, os tipos de limites, a magnitude da exposição e seus efeitos no organismo do trabalhador. 
  • Conhecer o ambiente, como são os processos, como são feitos, conhecer a exposição dos trabalhadores. 
  • Entender se as medidas de controle são eficazes.

É como se fosse uma caminhada, você precisa andar no ambiente para fazer essa caracterização básica. Tem que pisar em campo, precisa ir no ambiente de trabalho para reconhecer os riscos.

A FISPQ não irá resolver tudo. A FISPQ ajuda a compreender quais são os possíveis agentes que estão naquele ambiente, mas é preciso saber qual a interação do trabalhador com o processo e o produto. 

A quantidade de funcionários afeta na estratégia de amostragem?

Ela afeta da seguinte maneira: quanto mais pessoas você tem, mais você tem que entender a dinâmica que está ali e maior será o seu trabalho de caracterização básica. Se você tem, por exemplo, um ambiente pequeno, é mais fácil entender o que está se passando ali. Quanto mais pessoas, maior a dinâmica, mais tarefas, mais grupos homogêneos.

Mas em termos de amostragem e grupos de amostras isso é irrelevante. Geralmente a quantidade de amostras tende a ser a mesma, se for uma tarefa repetitiva. A gestão é mais complicada, mas operacionalmente não há problemas.

Se você quer fazer estratégia de amostragem, a primeira coisa é entender os limites. Se você não entende a diferença, nem comece. Se você não sabe o que é Limite de Exposição, tudo dará errado. Este conceito é o mínimo que você precisa entender, porque as formas de coleta são diferentes. 

Se temos um trabalhador exposto o dia inteiro a um agente do tipo STEL, é preciso cobrir todas as 8h dele com várias amostras?

Conceitualmente, quando estamos falando de TWA,  estamos tratando de efeitos crônicos, em que o trabalhador tem que ficar todo dia exposto ao agente acima do limite para ter doença. Quando estamos falando de limite STEL, tratamos de efeitos agudos. 

É preciso olhar para aquelas exposições que são críticas ou para os efeitos críticos de exposição do trabalhador ao longo da jornada. Se tratando do limite STEL, o indicado é realizar amostragens de 15 min nos pontos críticos da tarefa, em  que o trabalhador se expõe muito ao agente. Se ele se expõe de forma muito elevada, pode haver alguma intoxicação e provocar até mesmo um acidente. 

E o TETO é totalmente diferente do STEL, nesse caso, a gente deve estar preocupado com os agentes que causam irritação física apenas, através da amostragem de métodos instantâneos com o menor tempo possível para que ele possa ser quantificado em laboratório. 

Como o branco de campo se insere na estratégia?

O branco de banco é sempre muito importante, porque até essa amostra chegar ao laboratório você não sabe o que pode ter acontecido. A utilização não é obrigatória. Mas o resultado obtido com uma amostra pode ser uma contaminação ou realmente têm-se aquela concentração do agente no ambiente amostrado? Sem o branco de campo não há como termos esta resposta. 

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Por: HO Fácil

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