Como evitar riscos por agentes químicos?

Definição de agentes químicos, conforme a NR 9:

Item 9.1.5.2 Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão.

Perigos invisíveis

Os agentes químicos na forma de poeira, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores constituem a maior fonte de preocupação para a medicina ocupacional, pois são riscos invisíveis e muitas vezes difíceis de serem controlados.

Eles se mantêm em suspensão no ar durante longos períodos causando desconforto, comprometendo a produtividade dos trabalhadores, causando doenças dos mais variados tipos (conforme o agente agressor), levando a aposentadoria precoce, invalidez temporária ou permanente e podendo provocar até a morte.

Reconhecimento do risco

O reconhecimento dos riscos é parte muito importante na adoção das medidas de segurança necessárias. A partir do reconhecimento, podemos agir na fonte do risco até mesmo evitando que o produto seja disperso no ambiente.

Avaliação quantitativa: Diferente do que acontece com o ruído onde com apenas uma avaliação é possível avaliar todo o risco, na avaliação dos riscos químicos cada agente deve ser avaliado separadamente na maioria das vezes. A análise quantitativa é feita somente em substâncias com dados disponíveis sobre a relação dose-efeito ou dose-resposta.

Avaliação qualitativa: Aplica-se somente a avaliação da exposição à contaminantes atmosféricos para os quais não foram definidos limites de exposição ocupacional, ou seja, se não houver norma para fornecer um parâmetro, ou fornecer danos que a exposição pode causar.

Vias de penetração no organismo

– Respiratória: Acontece quando respiramos ar contaminado. O ar entra em nosso nariz trazendo com ele as substâncias químicas presentes no ambiente.

– Cutânea: É quando o agente agressivo entra no organismo pela pele. É frequente ocorrer esse tipo de penetração através dos poros.

– Digestiva: Ocorre quando ingerimos alimentos contaminados, ou mesmo por causa de mãos sujas/contaminas. Por isso, é sempre recomendado que o trabalhador nunca se alimente em ambientes com manuseio ou presença de produtos químicos.

Como prevenir?

Prevenção primária

– Promoção da saúde: Alimentação adequada, água tratada, iluminação eficiente, ventilação natural ou exaustora, repouso e recreação. Controle de ruído, da qualidade do ar, etc.

Prevenção secundária

– Proteção específica: Imunização, implantação de uso de EPI (Equipamento de Proteção Individual), palestras e treinamentos sobre uso, guarda e conservação de EPI e prevenção de acidentes de trabalho.

Prevenção terciária

– Limitação da capacidade: Medidas que visam levar o trabalhador ao tratamento, a fim de que ele reestabeleça a capacidade laboral o quanto antes, evitando assim dias perdidos e prejuízos para todos os envolvidos.

– Reabilitação: Medidas tomadas em caso de lesões que deixa sequelas definitivas. A duração e a intensidade do processo de reabilitação dependerão intimamente da gravidade da lesão.

Possíveis dificuldades na implantação de medidas preventivas

As dificuldades na implantação das medidas preventivas variam muito de empresa para empresa. Abaixo listaremos as principais dificuldades encontradas:

– Falta de conscientização de empregadores e empregados;

– Falta de procedimentos documentados e organizados de forma lógica e em sequência;

– Falta de rotulagem ou rotulagem deficiente dos produtos químicos;

– Falta de informações adequadas sobre a toxidade, quantidade e qualidade dos produtos químicos;

– Falta de treinamento apropriado;

– Falta de conhecimento e comprometimento dos setores ligados a área de prevenção de acidentes na empresa.

E não se esqueça: a Analytics Brasil tem a estrutura perfeita em Higiene Ocupacional para sua empresa! Contate-nos e saiba mais.

Ficou alguma dúvida? Deixe seu comentário!

Bibliografia: Princípios básicos para controle de condições nocivas à saúde em fundições – Fundacentro 2007.

Norma Regulamentadora 09

Por: Redator Analytics Brasil

Compartilhe:

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram
Gmail