Agrotóxicos? O que fazer quando essas substâncias estão sendo manipuladas no ambiente de trabalho?
Recentemente foi liberado o uso de vários novos agrotóxicos no Brasil, o que gerou muita preocupação e discussão entre os profissionais de SST. Esta preocupação se deve ao fato de que estes agentes são pouco conhecidos e muito tóxicos. Os agroquímicos são desenvolvidos para matar alguma praga ou peste que possa prejudicar uma determinada cultura. A maioria destes agentes químicos, estão dentre os mais tóxicos já purificados, mesmo em concentrações muito baixas, podem ser muito prejudiciais à saúde humana.
Um agrotóxico é criado para atingir determinado alvo, por exemplo: ervas, fungos, insetos... e quanto mais similar do ser humano esse alvo for, maior é o perigo que este agrotóxico pode apresentar a humanidade. É papel do Higienista Ocupacional entender qual é a toxicidade deste agente para compreender quais são os possíveis danos envolvidos. Algumas das ferramentas que podem ser utilizadas, e que geralmente são encontradas nas FISPQ’s dos produtos são a dose letal 50% (LD50) e a concentração letal 50 (CL50), quanto menores são estes valores mais tóxicas são as substâncias.
Estes compostos são quimicamente divididos em várias classes. Grande parte dos problemas surgem no Anexo XIII da NR–15, nele estão citados os compostos organoclorados e organofosforados, neste trecho a NR–15 dispõe de uma forma geral a respeito destes agentes. Existem várias discussões técnicas sobre este assunto, como químico entendo que a interpretação deste este anexo está ligada com a estrutura molecular destes agentes. O que é um composto organofosforado? Um composto que possui uma cadeia carbônica e um fósforo substituído em algum dos carbonos. O que seria um organoclorado? Similar aos organofosforados, porém o cloro é átomo substituinte. No entanto, o anexo 13 é um anexo jurídico, e interpretativo o que muitas vezes pode gerar controvérsias.
Como realizar o reconhecimento de riscos de agrotóxicos?
A principal função do Higienista ocupacional é garantir a proteção da saúde e bem-estar do trabalhador. O reconhecimento de riscos é uma das fases mais importantes deste processo. Quando o assunto é agrotóxicos, deve-se seguir o reconhecimento de riscos da mesma forma que é executado para outros agentes, não há diferenças. Deve-se saber qual a composição completa dos produtos, quais são os agentes presentes e os meios vinculantes. As ferramentas que auxiliam este processo são as FISPQ’s dos produtos, rótulos e o conhecimento do processo e/ou utilização destes compostos.
Agrotóxicos são moléculas relativamente novas, desta forma, muitos deles não possuem limites de tolerância estabelecidos ou metodologia de análise. O que fazer? Muitos dos fabricantes de agrotóxicos desenvolvem estudos toxicológicos sobre eles, estabelecendo limites e recomendações internas de manipulação. Ficar atento as recomendações do fabricante é um bom começo para prevenção das possíveis exposições.
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