Exposições Ocupacionais na Construção Civil

Já diria o ditado: “é melhor prevenir do que remediar”. A construção civil é um dos segmentos da indústria responsável pelos maior índice de acidentes do trabalho, em sua maioria de natureza grave e até fatal. Veja neste artigo quais são as principais Exposições Ocupacionais na Construção Civil, as principais doenças e como evitá-las. 

Não se esqueça de curtir a nossa FanPage e ficar por dentro de todas as dicas e novidades!

Todas as terças-feiras às 19h temos nossas lives sobre o que há de mais novo e mais moderno em Higiene Ocupacional. Um conteúdo técnico e direcionado da área. Toda semana um assunto novo e convidados especiais. Aproveite e se inscreva para a nossa live da próxima semana, clique aqui e garanta a sua vaga!

O Reconhecimento de Riscos, muitas das vezes, é feito errado na construção civil. Muitos profissionais apenas como reconhecem a poeira respirável respirável como risco, ou infelizmente pior ainda, como poeira total, que não existe mais! A  construção civil é uma das indústrias mais complexas e uma das mais artesanais, até hoje dependente de mão de obra artesanal e  que não tem muito maquinário, contando fortemente com a mão de obra do trabalho humano.

Em um estudo divulgado em 2017 na área da construção civil, foi identificado  que mais de 2 milhões de trabalhadores estavam expostos à sílica cristalina; principal agente presente na construção civil, cancerígena,  que causa silicose, e ainda pode causar o câncer de pulmão. O profissional que precisa fazer LTCAT na construção civil deve ficar atento a essas exposições, principalmente para a nossa aposentadoria especial. 

De acordo com o decreto número 3.048/1999 (Agentes patogênicos causadores de doenças profissionais ou do trabalho, conforme previsto no art. 20 da lei nº 8.213 de 1991),  diz que se o agente tiver número CAS e estiver na lista da LINACH, a menor possibilidade de exposição dá o direito à aposentadoria especial.

Como reconhecer um risco químico?

Para iniciar o processo de reconhecimento você deve responder algumas perguntas fundamentais: 

  • Quais os problemas de saúde mais comuns que são encontrados nesse ambiente?
  • Quais são os agentes presentes nesse ambiente?
  • Qual a chance das pessoas que estão no ambiente experimentem problemas de saúde devido às exposições aos diferentes níveis de agentes ocupacionais?
  • Qual é o nível abaixo do qual alguns produtos químicos não representam risco para a saúde desses trabalhadores?
  • Em relação aos agentes ambientais presentes, qual é o tempo de exposição que o trabalhador deve ficar exposto a esse agente para desenvolver essas doenças e o mal estar?
  • Algum trabalhador é mais propício a desenvolver uma doença ocupacional?
  • Quais são as  vias de exposição mais importantes?

Conhecendo os agentes e conhecendo as doenças ocupacionais mais comuns é possível compreender os maiores riscos ocupacionais presentes nesse ambiente. Vale lembrar que um bom reconhecimento de risco não é só ir a campo e fazer uma lista dos agentes presentes naquele ambiente. Você  deve trabalhar com probabilidades e grau de risco. Nós temos limites de efeito crônico e limites de efeito agudo, então são mapeamentos de risco completamente diferentes.. 

Para o reconhecimento de um risco químico, você como higienista ocupacional, deve fazer um pré julgamento, visitar o canteiro, conhecer as instalações, conhecer como foi construído o prédio,  qual tipo de material foi utilizado… essas são questões básicas. Sem conhecer dessas especificações fica impossível impossível prevenir doenças ocupacionais. 

As principais doenças ocupacionais na construção civil

  • Distúrbios músculo-esquelético: costas e outras lesões musculares e articulares;
  • Dor e entorpecimento dos dedos e mãos;
  • Dermatite ocasionada pela exposição ao cimento e solventes;
  • Perda auditiva induzida pelo ruído (causada pela exposição a altos níveis de ruído), zumbido ou surdez;
  • Doenças relacionadas ao amianto.
  • Silicose
  • Pneumoconioses
  • Intoxicação por metais pesados

Muitas empresas apesar de oferecer todos os equipamentos necessários à proteção do trabalhador, não fornecem orientação quanto ao uso e aplicabilidade no dia a dia. Além disso, a referência ao uso propriamente dito dos equipamentos, ao desconforto que eles provocam no trabalhador, e como muitas vezes eles atrapalham na condução das tarefas, principalmente diante da intensificação do trabalho e das exigências de perfeição e cumprimento de prazos, ou seja, da pressão por qualidade e produtividade, características fortemente marcadas no mercado de trabalho capitalista competitivo fazem menção à perspectivas dos trabalhadores quanto ao uso de EPI’s. (TAKAHASHI et al., 2012).

Algumas medidas de controle de riscos ocupacionais podem ser aplicadas para a prevenção de doenças, são elas:

  • Evite o trabalho com agentes de risco à saúde, se possível substitua por outros componentes menos tóxicos;
  • Pratique os princípios da ergonomia na execução das tarefas, tome cuidado com a postura ao manusear equipamentos muito pesados;
  • Aposte na formação dos seus trabalhadores, a fim de sensibilizá-los para as questões de saúde e segurança.

Reconheça bem os riscos e caracterize os materiais, assim a análise realizada pelo laboratório será mais assertiva.

Gostou do artigo? Ficou com alguma dúvida ou quer saber mais sobre análises químicas? Entre em contato com a gente! Para saber mais sobre reconhecimento de riscos e sobre Higiene Ocupacional não deixe de curtir as redes sociais da Analytics Brasil!

A HO Fácil realiza treinamentos e palestras de Higiene Ocupacional com a finalidade de preparar profissionais para se destacarem no mercado de saúde e segurança do trabalho. Oferecemos formação profissional para que nossos alunos dominem os riscos químicos, físicos e biológicos. Se você quer ficar 100% preparado para atuar no mercado de Higiene Ocupacional com segurança e confiança chegou a sua hora.  Contate-nos e saiba mais! 

Por: HO Fácil

Compartilhe:

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram
Gmail

27 de abril

10 Riscos associados ao uso de gases no ambiente de trabalho